sábado, 26 de junho de 2021

Transtorno Específico da Aprendizagem

 



O que é Transtorno Específico da Aprendizagem? 

Nada mais é, que condições de aprendizagem específicas como, disortografia, disgrafia, discalculia e dislexia. Observei que ultimamente a dislexia está sendo mais discutida, tanto pelos escritores e estudiosos, como pelos psicopedagogos. Ela é um assunto que vem sendo difundido de um tempo pra cá, não sendo mais importante que os demais, é claro!  Vale ressaltar que, nenhum desses transtornos tem medicamento porque não é uma doença e sim uma condição.

Esse transtorno  mais frequente, a dislexia,  é um genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico, ou seja, dislexia é a dificuldade da leitura e da escrita e é um transtorno específico de aprendizagem, uma diferença na forma como o cérebro processa a informação, com impacto na leitura, escrita ou matemática.

Como acontece a sua manifestação?

Ela manifesta-se por alterações no processamento fonológico (correspondência letra-som) e noutros domínios neuro linguísticos que resultam numa alteração significativa no domínio da leitura e da escrita, podendo também refletir-se na matemática, principalmente na resolução de problemas.

É necessário compreender que a leitura, embora seja automática para a grande maioria dos adultos, é uma tarefa muito complicada para todas as crianças. A leitura requer atenção, concentração, motivação, maturidade ao nível linguístico, motor e perceptivo, memorização auditiva e visual e coordenação visuo motora.

A dislexia pode ser genética ou hereditária, crianças com dislexia, tem também muitas vezes pais disléxicos. Existem vários sinais que podemos identificar logo na primeira infância, ou seja, na pré-escola tais como:

  • Ø  Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem;
  • Ø  Dificuldade de aprender rimas e canções;
  • Ø  Fraco desenvolvimento da atenção;
  • Ø  Dificuldade com quebra-cabeças;
  • Ø  Fraco desenvolvimento da coordenação motora,
  • Ø  Falta de interesse por livros impressos .

No entanto, existem pequenos sinais a que é preciso estar atento. Crianças com dislexia podem apresentar problemas de:

  • Ø  Memória a curto prazo (seja esta visual, auditiva ou ambas)
  • Ø  Automatização (quando a criança não faz o click na sua aprendizagem ao passar a ler as palavras de forma automática, demorando muito tempo a decifrar cada letra, esta tarefa torna-se muito cansativa e desmotivante para a criança);
  • Ø  Coordenação sensório-motora (motricidade fina, lateralidade, letra muito feia);
Ø  Percepção visual ou auditiva, de orientação e/ou organização do espaço/tempo.

A Dislexia traz muitos prejuízos nas Funções Executivas, pois a criança tem lentidão na leitura, processar as informações, baixo repertório de palavras e com poucas expressões em entendimento de textos. Ela envolve geralmente a dificuldade de processamento dos sons da fala e a dificuldade de leitura de palavras. Assim, muito tem sido pesquisado em torno da relação entre a dislexia e áreas do cérebro que envolvem uma conexão entre decodificação sonora e decodificação visual.

Falaremos mais adiante sobre o diagnósticos e os demais transtornos citados no texto.

Até breve!


Fabíola Tim Morais



Compartilhe e comente.


Imagem da internet.

https://lndufmg.wordpress.com/2014/10/14/transtornos-especificos-da-aprendizagem-dislexia-e-discalculia/

 HAASE, V.G., et.  Discalculia e dislexia: semelhança epidemiológica e diversidade de mecanismos neurocognitivos. 2011. Mar. p.257-252.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Educação infantil: O que é mais importante: Brincar ou ler e escrever?

 


Caro leitor,

Hoje  quero compartilhar aqui com vocês um tema bastante polêmico entre pais e professores da educação infantil. Há os que defendem a alfabetização na primeira infância e os que defendem o lúdico.  

Uma mãe me fez um questionamento a  respeito da metodologia que alguns professores da CRECHE/CEIM em que o filho estudou, usam para ensinar a criança.  Ela alega que o filho está no segundo ano do ensino fundamental e ainda não aprendeu a ler,  e que parte desse atraso seria de responsabilidade do professor da educação infantil, (lógico, que alguns pais também não colaboram). Insatisfeita, diz que  a criança sai da educação infantil sem ler porque passa  a maior parte do tempo brincando.

Percebi então que  não só ela, mas que muitos pais associam aprendizagem somente á leitura e escrita.A maioria não sabem que aprendizagem é o resultado de habilidades adquiridas e desenvolvida no decorrer do tempo. Por outro lado há educadores querendo fazer a vontade dos pais. è aí que vejo como um grande erro! Se faz necessário ter um equilíbrio entre as brincadeiras e a pré alfabetização.

Observo na escola que chegam com muita frequência, crianças que não conseguem avançar nos conteúdos porque foram “ queimadas” etapas importantíssimas pertencentes à fase da educação infantil, na ânsia de alfabetizá-las, não só em Português como também em inglês. Elas chegam copistas e os pais acham que estão alfabetizadas , mas na maioria das vezes não interpretam o que leem, quando conseguem ler com certa desenvoltura. Muito mais do que aprender a ler e a escrever as crianças precisam desenvolver competências e habilidades, (o que rege a BNCC) pq não adianta a criança supostamente ler e escrever aos 4/5 anos e não ter maturidade por exemplo para comer sozinho, ir banheiro tomar banho, ou se limpar, etc.

Esclareci pra essa mãe que,  cada  professor, após o planejamento supervisionado pelo pedagogo, de acordo também com as normas da instituição, (é claro!), usa um método de ensino adequado, que não seja, exclusivamente ensinar a ler. Antes de ler e escrever a criança precisa ter consciência fonológica, que é reconhecer letras e fonemas, e para isso acontecer eles devem ter uma educação infantil pautada em muita música, jogos e brincadeiras, além disso, precisa ter noções de lateralidade, entender os  conceitos de grande/pequeno, grosso/fino, alto/baixo, enfim.

criança  só vai aprender com o lúdico, tendo emoção e fazendo sentido para ela, como brincar  de amarelinha por exemplo, onde aprende os números (quantidade), o tamanho, espaço delimitado, coordenação motora, equilíbrio, competição e ainda se divertindo com os colegas. As vezes queremos que nossos filhos alcancem logo uma fase que ele na verdade ainda não está pronto, a nível de maturidade cerebral. 


Mesmo com pesquisas e estudos com comprovação científica,   há muitos educadores que acreditam que dessa forma, estão estimulando a criança á leitura, mas estímulo é uma coisa, pular etapas é outra. Há habilidades muito mais importantes nessa fase da educação infantil que devem ser estimuladas e que com certeza farão toda a diferença na consolidação de aprendizagens futuras.

Nós, professores e pedagogos precisamos ter muita cautela e nos atentarmos mais para as necessidades desta importantíssima fase, que é a pré escolar.

Esse assunto vai muito além rsrsrs, vou parar por aqui.


Por Fabíola Tim Morais

Conhecimento é para ser compartilhado. 

instagram: @timorais

quinta-feira, 17 de junho de 2021

TDAH: TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

 


Olá! 

Você já ouviu falar sobre TDAH?

Quando ouvia alguém dizer que uma pessoa tinha TDAH, não sabia do que se tratava. Então no início da pandemia entrei em um grupo de estudos, coordenado pela Ma. Eliana Ribeiro, onde ela nos dá oportunidade de aprender através dos debates nos encontros ao final do dia. Foi em um desses debates que aguçou a minha curiosidade e decidi partir para os estudos!  Comecei a investigar sobre o tema, e, entendi que o TDAH é um transtorno real e tem fundamento.  É basicamente uma condição do funcionamento cerebral em prejuízo que demanda dos profissionais compreensão e abordagem específicas.


há pessoas que tem apenas o déficit de atenção, mas não é hiperativa. Hiperatividade é um sintoma, não é doença, pois ele é neurobiológico, não familiar, hereditário. A pessoa por si só, ser hiperativa não significa que ela tem TDAH.

Será que somente com o uso contínuo do remédio, a criança já melhora? Já fica tranquila, ou pode voltar a escola?  

A resposta é não! Isso porque o medicamento não é de responsabilidade, mas é para a melhora da escolarização, ou seja, o medicamento consegue apenas  minimizar alguns sintomas mais evidentes. 

Estava assistindo a uma palestra,( não me lembro onde rsrsrs) em que o palestrante comentou que 80% das crianças com TDAH precisam continuar tomando a medicação na adolescência e as outras 20% tendem a desaparecer todos os sintomas na adolescência caso  o tratamento e as intervenções forem feitas desde a descoberta, com o diagnóstico.

O diagnóstico pode ser feito em qualquer idade, quanto mais cedo, melhor,sendo que esse diagnóstico deve ser sempre observacional e clínico, feito apenas por profissionais envolvidos, pois pode está associada a outras situações, tanto clínica quanto pedagógicas, baseado no DSM 5 no CID, escala de avaliação do comportamento, relatórios da escola, e  de uma equipe multidisciplinar.

Existem vários problemas e situações que a criança começa apresentar ainda na infância, caso não seja tratado, continua na adolescência até chegar a fase adulta, ai os prejuízos já são maiores. Como exemplo dos prejuízos, tem se a dificuldade de aprendizagem, dificuldade em cumprir tarefas,  de tempo, as vezes tem um ritmo e não consegue fazer algo em tempo hábil, dificuldade na alimentação e em memorizar.

O ideal para  trabalhar uma criança com TDAH, são  jogos e atividades, como jogos de curta duração, que estimula o bom comportamento e auto controle, com poucas informações e que desperte o interesse do aluno.

Existem vários livros de escritores renomados que têm empenhado em observar e estudar sobre o TDAH para nos orientar no dia a dia através dos seus escritos, com excelentes informações. Livros que falam desde a infância e adolescência até a fase adulta. 

Para os pedagogos, psicopedagogos e neuropsicopedagogos, sugiro fazer a leitura desses 3 livros: 




Caro leitor! Enquanto não existir a cura, a melhor maneira é continuar com  tratamento e as intervenções, fazendo o uso do medicamento, é claro!


E vamos continuar os nossos estudos!



Abraços pedagógicos!

Fabíola Tim Morais


Nos acompanhe pelo instagram @timoraes

Fonte: espacocriatividadefabiolatim

imagens da internet.

A criança e o Brincar

 


Ao ler ou ouvir a palavra " brincar" logo nos associamos á criança, mas será que só criança pode brincar? Porque quase que nunca , nos referimos á adultos ou idosos? Porque criança gosta tanto de brincar? 

São várias perguntas que podemos fazer a respeito do brincar , quando na verdade todo ser humano tem seu primeiro contato com a brincadeira logo nos primeiros meses de vida, quando os pais chamam a atenção do bebê fazendo uso ou não de um objeto.

Querendo ou não a  brincadeira faz parte do ser humano durante todas as fases da vida, cada um á sua maneira, dependendo do ambiente e das pessoas que estão ao seu redor.

Há quem questione por exemplo que a criança na educação infantil, passa a maior parte do tempo brincando, e vê isso como algo desnecessário, não compreendendo que o brincar é extremamente importante para o desenvolvimento afetivo e para ajudar  a melhorar o potencial da criança, isto porque  ela recria a realidade usando a imaginação ou objetos simbólicos,  Nas minhas experiências como mãe e professora, percebo que a criança aprende também, ao brincar de imitação e imita os adultos, principalmente quando brinca de faz de conta, casinha,etc. Assim , ela exercita suas potencialidades e se desenvolve cada vez melhor, pois ela age e se esforça sem sentir cansaço e sem cobranças, de livre e espontânea vontade. 


Encontramos vários psicólogos, pedagogos e outros estudiosos que fazem  contribuições  importantíssimas em relação as brincadeiras na infância. Vigotsky mesmo, aponta que o brincar é uma atividade humana criadora, na qual a fantasia, a imaginação e a realidade caminham juntas na produção de novas maneiras de construir relações sociais com outras crianças e adultos.

Concluímos então que a brincadeira é extremamente importante na educação infantil, Vamos valorizar, e estimular as crianças a brincarem em casa, na escola, no espaço onde ela possa brincar e aprender ao mesmo tempo.




Fabíola Tim Morais

Conhecimento é para ser compartilhado! Compartlhe para pais e todos envolvidos na educação.

Fonte:espacocriatividadefabiolatim

penochaoespacodebrincar.com.br

Imagens da internet,


HÁBITOS NEGATIVOS DA DEPRESSÃO

  Tem depressão? A depressão é uma doença psiquiátrica extremamente séria que afeta muitas pessoas no Brasil e no mundo. Pode desencadear si...